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segunda-feira, 1 de março de 2010

Escolhendo a associaçao do ECAD

Bom, primeiramente, aos quem não sabem ECAD , é um órgão sem fins lucrativos, que administra o banco de dados de aproximadamente 1,4 milhão de obras musicais, 665 mil fonogramas e 279 mil titulares de música cadastrados, sendo considerado um dos maiores da América Latina. O ECAD arrecada de usuários de música (radios, shows, boates, lojas comerciais, salões, consultórios, moteis, academias, etc.) e depois distribui 17% em diversas associações que por sua vez repassam 7% aos titulares do direito que estão cadastrados por aquela associação. (Quem quiser ler mais sobre a distribuição) . Então, se você entendeu, percebeu que, se pretende receber algo por ter sua música reproduzida em algum lugar, é melhor pesquisar as associações para se filiar no cadastro do ECAD. Existem muitas. Vou tentar citar algumas para ver se ilumino alguém (ou a mim mesmo). Eu olhei todos os sites que vou citar aqui, porém os que encontrei mais detalhes sobre a área de atuação no exterior, e as especificações sobre quais contratos tem com cada país foram o site da Abramus e da UBC. O site da Socimpro também achei muito bom, com muitas informações úteis, mas peca por não ter a área de abrangência. Também tem os sites do Sbacem, da Amar e do Sicam. Se você quiser também, pode dar uma olhada na lista de todas associações do ECAD. Não é obrigatório que o produtor seja da mesma associação, até porque os contratos em cada país podem contemplar ou não o produtor e/ou o artista, por isso dei tanta importância a transparência da abrangência internacional. Com o novo mercado fonográfico, com as musicas baixadas em celular, e essa globalização cada vez mais aparente, temos que pensar na possibilidade de expandir fronteiras. O Japão é um forte consumidor de música brasileira. Tem países da Europa que são consumidores de musica eletrônica... Você tem que pensar no seu mercado e até aonde sua música pode chegar. Ou não, eu decidi escolher assim e por isso a Abramus e UBC sairam na frente na minha opnião. Outra coisa que achei muito legal nestes 2 sites é a facilidade de indicar um show autoral que você vai fazer, afim de algum representante do ECAD ir ao lugar para fazer a arrecadação. Mas é isso: escolha. A qualquer momento você pode pedir o desligamento de uma associação e ir para outra. Leia as regras de inscrição da associação escolhida e mande o repertório e peça para o produtor fonográfico fazer o cadastro do ISRC de todo fonograma gerado. Esta parte é importantíssima e fica para o próximo post, mas muito cuidado: existem muitas pessoas se aproveitando da inexperiência dos músicos e fazendo o cadastro ERRADO. E o que acontece? Se a música ficar famosa e tocar na novela, na rádio ou em qualquer lugar, as pessoas que vão ser remuneradas serão as descritas no ISRC do fonograma. O ISRC é o registro definitivo do fonograma e é nele que obtemos todas as informações da gravação.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Registro da obra

Segundo a lei dos direitos autorais no Brasil, toda obra criada está automaticamente protegida com todos os direitos reservados ao autor. Estes direitos são chamados:

1 - Direito moral (intransferível) que diz respeito a autoria; (é aquele nome obrigatório entre parenteses que identifica o autor)

2 - Direito de propriedade ou Copyright (pode ser cedido a uma editora) que diz respeito a utilização e comercialização.


O registro de obras serve simplesmente para provar sua autoria. Não existe apenas um lugar para registrar, qualquer registro que comprove a autoria é válido! Desde a gravação, quanto a autenticação em cartório, ou o simples envio ou postagem na net. (O problema é a credibilidade desses meios que podem ser mais facilmente fraudados num tribunal) Hoje tem até sites na internet que sugerem que você mande a música por mp3 que eles fazem o registro, a única coisa que posso dizer é CUIDADO! Seria péssimo descobrir que sua obra foi registrada com nome de outro autor. Verifique a credibilidade, se conhece alguém que já tenha usado esse caminho. Dependendo de quantas páginas tiver sua partitura, fica mais barato num cartório, porém é válido pensar se você é organizado o suficiente para guardar esse documento. Eu ia fazer num cartório, mas por má informação do funcionário que me indicou outro cartório acabei pensando 2 vezes e decidi fazer na Escola de Musica da UFRJ. Porque lá vão cuidar do registro da obra, possso colocar a partitura e a letra sem alterar o preço pelo número de páginas, e não preciso me preocupar. A Biblioteca Nacional também pode ser uma boa opção pela credibilidade de seus acervos, mas acredito que lá você só pode registrar letras. Num processo judicial, o registro em uma instituição séria é uma boa prova de que a obra é sua! Tenha cuidado com o preenchimento dos formulários e recebimento de comprovantes. Mesmo que sua obra esteja bem guardada no acervo de uma instituição, possuir o comprovante de registro facilita a busca e ajuda a provar que foi você quem fez aquele registro. Qualquer forma que você escolher, tenha o cuidado de numerar em ordem e assinar todas as páginas. Este registro de NADA tem a ver com o ISRC, que será o registro do fonograma, e será obrigatório para a prensagem do CD, SMD, ou para qualquer retorno financeiro por parte do ECAD. Este registro será feito quando a obra já estiver gravada, e será feita pelo produtor fonográfico, por meio de alguma associação do ECAD. Ainda vamos tratar deste registro neste blog com mais detalhes quando chegarmos nesta etapa. Mas novamente, muito cuidado com pessoas que façam esse registro pra você, pois todas as informações sobre o fonograma (autores, músicos, produtor) se registradas com erro, poderão gerar grande dor de cabeça para as pessoas que tem o direito conexo (direito sobre a gravação dos que participaram) roubado.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pirataria

Terminou a enquete sobre pirataria. Mas mesmo com uma amostra tão pequena, conseguimos obter 3 votos a favor e 3 contra, sendo apenas 1 extremo de cada lado. Há poucas semanas vi um programa no multishow que parecia que ia tratar do assunto e por isso parei pra ver. Foi a única vez que vi o programa MOB, então não sei se foi só esse que fracassou. Achei realmente uma porcaria, pois pensei que teria discussão sobre a pirataria, diferentes opniões sendo discutidas. Começou com a Didi e uma galera que ia organizar um ato sobre a pirataria, e um cara entendido do assunto que poderia acrescentar algo construtivo. Esperei por um bom tempo, mas o cara não falou nada. A Didi perguntou pros participantes se eles eram contra a pirataria, e todos se declararam a favor. Um teve a audácia de dizer algo como: “pra que o cara faz uma música boa se não quer que os outros possam ter acesso?” Pensei: - “por que fazer um carro potente se quase ninguém pode comprá-lo?” O programa foi perdido com eles planejando que seriam 2 filas de “siga seu mestre”, como se uma fila fosse a favor e outra contra, e ambas estavam vestidas de pirata e com espadas de jornal. O mais legal do programa foi um cara fazendo um vídeo pra colocar no youtube e convocar as pessoas para o ato. No final, as filas desfilaram pela rua, invadiram o CINESESC e ficaram lutando de espadinha. Realmente fiquei muito decepcionado pela mobilização não ter passado de um bando de bundão voltando a infância.
Eu sou das pessoas que baixo coisas na net (se bem que hoje muito menos do que ha alguns anos), mas não compro pirata. E quando realmente valorizo a obra eu compro o original (apesar de normalmente usar uma cópia para ouvir no carro). Estava pensando em quantas bandas conheci pelo fácil acesso pela internet. Eu baixei bandas que nunca tinha ouvido, ou seja pelo nome, ou por indicação de amigo ou da lastfm. Weezer eu acho que foi a primeira banda que conheci a discografia pela net, e hoje tenho 2 CDs deles. Eu baixei a discografia do Nação Zumbi e hoje tenho 3 cds originais da banda (em busca do 4º), e já fui em mais de 10 shows. Pink Floyd é outro que baixei a discografia, mas paguei 50 contos pelo DVD The Wall e o dobro pelo show. Easy Star All Star eu também baixei todos os CDs e quando teve o show do Dub Side eu estava lá na frente, já ouvi esse CD algumas milhares de vezes e apresentei pra várias outras pessoas. Então às vezes, a pirataria acaba tendo seu lado positivo, pois é uma divulgação maravilhosa. Mas o foda é pensar no artista que gravou, e que mesmo conseguindo cativar um público, não consegue vender CDs. Eu falei aqui uma vez sobre SMD, mas talvez ainda uma galera não conheça então aí vai a matéria de quando foi lançado explicando como funciona e a ideia de ser uma força contra a pirataria. O que eu quero aqui é que você pare pra pensar. Seja a favor ou contra a pirataria, pense se você fosse o artista o que você acharia da pirataria? Hoje as pessoas são muito focadas no próprio umbigo, vamos tentar deslocar um pouco essa visão só pra refletir de vez em quando. Temos de pensar num jeito eficaz de salvar o mercado fonográfico, pois nós dependemos dele. Afinal, quem não gosta de música?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Terceira reunião

Meses depois do bar e do curso de produção executiva para o novo mercado fonográfico, tivemos uma reunião junto com Rafael Sudano, que está trabalhando na arte gráfica do projeto. Estudamos a possibilidade de 2 projetos distintos e ouvimos algumas músicas, mas não decidimos muita coisa. A ideia do "carnaval portátil", um SMD que seria lançado junto a blocos do Rio e de Niterói veio depois, mas tarde demais pra conseguirmos pôr em prática. Hoje, depois de várias ideias de parceria distintas, mais uma vez fui ouvir algumas músicas novas e ver se tínhamos alguma luz para decidir logo a música de trabalho, para trabalhar melhor, finalizar os arranjos, gravar melhor e começar a divulgar. Acontece que Rodrigo Sudano é versátil até demais e acabou me mostrando de tudo um pouco: da marchinha ao rock´n´roll, músicas boas que, por muitas vezes, não sabemos se devemos gravar. Afinal, sem ser Mamonas Assassinas, quem mais gravou um disco com cada faixa num estilo diferente? Ele também me mostrou algumas músicas de uma menina que ele conheceu (e é lógico que Sudano acabou fazendo músicas com ela). As músicas dela realmente são muito boas, mas muito diferente do nosso projeto inicial. Mas, como este é um portal que visa ajudar os independentes, se Bruna Mendes quiser, terei o prazer de divulgá-la aqui. Pensei que também já ouviria a parceria de Sudano com Pedro Boschi, sua parceria do “carnaval portátil”, mas infelizmente ainda não estava gravado por alguns imprevistos. Peguei algumas músicas pra ouvir e ver se consigo decidir a música de trabalho pois, como dizem: “a primeira impressão é a que fica”. Na ponte voltei me questionando: será que Los Hermanos teriam gravado um “Bloco do eu sozinho” e tido sucesso se não fosse um “Ana Julia” (e até “Primavera”)? Porque Ana Julia foi um BOOM, até George Harrison fez uma versão dela e, sem ser “Pierrot”, foi a música mais pedida nos shows dos LH. E será que se eles não tivessem tanto acesso à mídia, e meso se não tivessem tido até desgosto pelo desgaste que Ana Julia causou, será que eles fariam um 2º CD tão perfeito e tão diferente? É difícil definir o que é “comercial”. O som dos LH, a princípio, não é comercial, porém eles conseguiram comercializá-lo muito bem. O quanto vale mudar sua essência pra conseguir vender e tornar-se famoso? O que você nunca vai cansar de tocar/ouvir? O que vale a pena gravar e girar o mundo tocando? O que te faz feliz? Como conseguir viver de música?

domingo, 3 de janeiro de 2010

O começo

Quase no fim de 2009, estava visitando meus pais em Niterói e liguei pra um amigo, meio que quase irmão, com quem quase não falava mais. Marcamos um barzinho de meia hora que se estendeu por umas quase 4. Rodrigo Sudano, guardem este nome!!! Aproveitamos pra botar a conversa em dia, reclamar da falta de dinheiro e do trabalho de que não gostamos e que temos de aguentar para seguir a vida. Falei pela 20ª vez que ele era um músico excepcional e que deveria investir nessa carreira. E pra mostrar que realmente estava falando sério, propus produzir o seu primeiro CD. Em menos de um mês estávamos inscritos num curso no SENAC de Produção Executiva no Novo Mercado Fonográfico. O curso foi ministrado por Leandro Fregonesi e, apesar de ser curto, nos ajudou a ter noção do que precisamos fazer para produzir nosso primeiro CD. Tivemos algumas idéias para lançar no carnaval um SMD, "carnaval portátil", mas infelizmente não teremos tempo hábil para a prensagem dos mesmos. Então resolvemos começar devagar, gravar uma música por vez, lançá-la no trama virtual e em todos os meios independentes. Quero neste blog tentar registrar o máximo de informações de todo o processo (os documentos, o registro dos IRSC dos fonogramas, a experiência com a associação do ECAD - que ainda vamos escolher - e e etc.) necessário para a gravação de um CD. Esperamos assim criar uma rede de ajuda de algumas bandas independentes, onde possamos trocar ideias, conhecimentos, contatos e experiências de gravação, estúdio, técnicos de som ou qualquer outra informação útil que possamos passar para outros músicos e produtores fonográficos que estão ingressando neste mercado. Espero abrir outras discussões quanto a pirataria, ECAD, direitos autorais e tudo o mais neste blog. Realmente, espero que 2010 seja um ótimo ano pra todos nós, e que consigamos gravar e mostrar nossa arte, nosso trabalho e que o mercado fonográfico consiga se ajustar ao novo mundo. Um brinde e vamos que vamos!